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Abril verde: risco de trabalhador da construção civil morrer no trabalho é duas vezes maior que os demais setores.

O risco de um trabalhador da construção civil morrer trabalhando é duas vezes maior do que de empregados dos demais setores. A informação é do Ministério Público do Trabalho (MPT) que tem compilado, no SmartLab, dados de todos os Acidentes de Trabalho (CAT) registrados no país. “Esses índices são importantes porque direcionam a responsabilidade dos empregadores e empregados unirem esforços para evitar ferimentos e mortes. Por isso, o Conselho Regional de Engenharia de Goiás (Crea-GO) defende o Abril Verde, mês dedicado à conscientização da segurança e saúde no ambiente profissional, e, sobretudo, a contratação de profissionais habilitados nas obras, para que possam agir de modo preventivo aos acidentes”, destacou o presidente do Crea-GO, engenheiro Lamartine Moreira.

Ainda de acordo com o presidente, a contratação de mão de obra habilitada, ou seja, profissionais técnicos como responsáveis pelas obras, gera mais segurança aos envolvidos no processo construtivo, uma vez que, segue as normas técnicas obrigatórias. “Ao administrar uma construção, o engenheiro responsável tem o dever de orientar e cobrar dos demais colaboradores que não são habilitados, como mestre de obras, serventes, encarregados de que devem adotar as medidas de segurança e utilizar os Equipamentos de Proteção Individual”, afirma.

Com o intuito de conscientizar profissionais e estudantes, o Crea-GO Jovem realizará entre os dias 22 e 30 de abril, campanha com palestras, mesas redondas e vídeos educativos. A ação ocorre em parceria com conselhos de outros dois Estados, Crea Jr- Minas Gerais e Crea Jr – Pernambuco. A iniciativa tem como tema “Por um ambiente de trabalho seguro e saudável”.

Segurança do Trabalho em dados

Em 2022, o Brasil registrou mais de  20 mil afastamentos previdenciários no setor da Construção Civil. Ainda segundo a pesquisa, dos 246 municípios goianos foram registrados, no mesmo período,  acidentes na construção em 36 cidades. Somando um total de 391 ocorrências. Esses são dados registrados pelas empresas no INSS por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). De acordo com o MPT, os números podem ser bem maiores, considerando que há uma parcela de profissionais que trabalham na informalidad

Publicado em 22/04/2024

Sobre o autor

Patricia Amaral

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