A Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) reforça as ações de combate à dengue diante de possível epidemia da doença em 2024. Segundo o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a região Centro-Oeste pode ter uma explosão de casos. Por isso, a necessidade de ações conjuntas entre a população e o poder público.
O risco maior é para a dengue tipo 3. A linhagem, que ressurgiu no Brasil em 2023, após 15 anos sem surtos ou epidemias, tem casos confirmados em São Paulo e Roraima. No estado amazônico, especialistas do MS alertaram que o sorotipo 3 já é predominante.
“A dengue possui quatro sorotipos. Quando uma pessoa é infectada por um deles, automaticamente adquire imunidade para aquele tipo específico. Mas isso não impede que ela se infecte com outra linhagem, e essa reinfecção pode contribuir para um agravamento. Por isso, o alerta do ministério gera tanta preocupação”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim.
Ações de combate à dengue
Desde 2021, a maioria dos casos de dengue em Goiás é do sorotipo 1. Em 2023, representam 95% dos registros. O Brasil tem duas vacinas contra a doença liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Uma não foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações por questões técnicas e a outra está em análise pelo Ministério da Saúde. “Então, até que a vacina seja liberada e incorporada, a única forma que a gente tem de controlar a doença é controlando o Aedes aegypti. E controlar o mosquito significa evitar criadouros em casa, evitar que ele nasça”, pontua a superintendente.
Em Goiás, diversas ações vêm sendo adotadas pela SES para mitigar os riscos de aumento de casos de dengue. Entre elas, estão uma campanha publicitária de conscientização, em todas as plataformas (TV, rádio e internet), sobre a necessidade de participação popular no combate ao vetor da doença. A pasta também realiza capacitações com os profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) sobre o manejo clínico adequado e a devida condução dos casos de dengue, para evitar o agravamento do quadro e a possibilidade de evolução para óbito.
Publicado em 30/11/2023