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Saúde alerta para contaminação por leptospirose.

Com o retorno das fortes chuvas nos últimos dias e que devem se intensificar a partir de dezembro, a Secretaria da Saúde (SES-GO) alerta sobre os riscos da leptospirose. Doença infecciosa grave, causada pela bactéria leptospira e que pode chegar a 40% de letalidade, nos casos mais graves.

A preocupação aumenta neste período por causa do contato direto ou indireto com água contaminada em situações de alagamentos, enxurradas e inundações.

Leptospirose

De acordo com a enfermeira da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa/SES), Lúcia Ramos Magalhães, a transmissão ocorre por meio do contato com a urina de animais infectados pelo contato com a pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.

“Nesse período de chuva pós-enchente, a lama, água (em bueiros e esgoto), tudo pode estar contaminado pela urina, em especial dos roedores. Ela é uma doença que tem um período de incubação de três a 14 dias, em média sete dias”, afirma. 

Agua de enxurradas e alagamentos de chuvas podem estar contaminada com leptospirose (Foto: SES)

Em 2023, houve o registro de uma morte por leptospirose no estado, assim como em 2021. Não houve óbitos pela doença em 2022. Em relação ao número de casos, foram 25 neste ano, 18 no ano passado e 21 em 2021.

“É uma doença que pode comprometer todo o organismo, podendo evoluir de uma forma leve para uma forma grave, que é o nosso maior problema, porque a letalidade é alta. Nas formas graves, o paciente geralmente precisa ser internado. Alguns vão para o respirador. A doença pode evoluir para complicações renais, respiratórias e hemorragias”, destaca. 

Para evitar a contaminação, explica a enfermeira, a melhor forma é a prevenção, tendo em vista que não há uma vacina para a doença.

“A recomendação é não se expor a situações de risco. Evitar as enxurradas, fazer o descarte adequado do lixo, evitar a água e lama de enchentes, manter a caixa d’água tampada, manter os lotes e casas limpas, armazenar os alimentos em locais inacessíveis aos roedores, controle da população de roedores”, ressalta. 

Publicado em 25/11/2023