Cristã convicta, Wagner de Oliveira Costa, conhecida como Da Roça/Basquete, é professora de educação física aposentada, mas que segue fazendo o que mais gosta: jogar basquetebol. Chegou a ser adotada pelas grandes campeãs Ana e Suzete para defender a Seleção de São Paulo. Agora, aos 74 anos de idade, foi convidada para defender o Rio de Janeiro no Campeonato Brasileiro de Basquete Master, que será disputado de 10 a 18 de novembro próximo, em São Luís do Maranhão.
Mesmo aposentada, Da Roça segue com seu dinamismo, trabalhando, sobretudo no que gosta de fazer: formar novos talentos no basquetebol. E, como amante do basquete, até hoje, aos 74 anos de idade, segue fazendo bonito, inclusive é bicampeã pela Seleção Paraibana acima dos 60. E, recentemente, participou do Max de Baskete, em Salvador (BA), onde defendeu a Seleção Paulista nas categorias: Master e Capelania.
Wagner, ou Da Roça, é respeitada, inclusive, em nível internacional pelo trabalho que realiza, não apenas no basquete, mas também na Obra de Deus, haja vista que é cristã convicta e faz questão de levar as boas novas de salvação deixadas pelo Filho de Deus por onde passa. Ela entende que tem uma missão superior à sua carreira profissional, seja como professora ou atleta, que é falar do amor de Deus para seus alunos, colegas de trabalho e para o ser humano de modo geral. Em mais de 40 anos usando o esporte como método de evangelismo, ela já contabiliza mais de 4.000 pessoas que aceitaram a mensagem do evangelho. E, agora, no Rio de Janeiro, já montou esquema no hotel em que vai ficar, para distribuição de livros e folhetos que falam da salvação em Cristo Jesus, para colegas e comunidade em geral.
Depois de Cristo, basquete é a grande paixão de Wagner, que, inclusive, tem uma carreira vasta e de vitórias no esporte. Defendeu a Seleção Brasileira Master em campeonatos no Peru, Chile, Croácia, República Checa, Polônia, Grécia e Itália. No Brasil, coleciona uma série de torneios municipais, regionais e estaduais, representando diversas equipes. E a sublime missão de evangelizar acompanha-a por onde quer que vá. Conta que gosta de passar um tempo numa equipe, fazer um trabalho de evangelismo ali, e então ir para outro time. “Jogo porque gosto, mas sem perder o foco missionário, porque foi para isso que Deus me chamou”, enfatiza.
E o ápice do cristianismo que pratica é sempre o Encontro de Amigos, que acontece anualmente numa igreja adventista. Num clima de descontração, com cantores e pastores convidados, as crianças e os jogadores que acompanhou durante os meses se familiarizam com a comunidade cristã. Também não falta o almoço (quando à noite, lanche), a entrega de um kit com Bíblia e outras lembranças; e, quase sempre, um festival de basquete para encerrar o momento. O acompanhamento e a aproximação do grupo com a Igreja é o que, de fato, fixa o conhecimento adquirido nos estudos bíblicos. Da Roça valoriza muito o trabalho de discipulado antes do batismo. “Quero que eles entrem na Igreja com a paixão pela missão, o Ide de Jesus. E vemos o resultado: quase todos esses com quem trabalhei hoje são evangelistas e têm a mesma paixão por missão que eu tenho”, comemora.
Para chegar aos 74 anos com vitalidade, disposição e foco definido, Wagner considera essencial o cuidado com a saúde, bem como a alegria constante. Ela também julga importante o relacionamento de fidelidade com Deus, mesmo não sendo fácil conciliar a carreira com os seus princípios religiosos, garante que manter-se fiel sempre valeu a pena. “Na Croácia, por exemplo, teve um jogo no sábado. A equipe insistiu, mas eu falei que ficaria no hotel orando pela seleção. Ganhamos o jogo! Hoje, já sabem que não jogo aos sábados. Então, quando vão fazer escalas dos jogos, fazem o possível pra não colocar nossas partidas na sexta à noite, nem no sábado. Isso já é uma maneira de testemunhar”.
João Nascimento, jornalista
Publicado em 23/10/2023