GREVE

Risco de greve, ameaça pode dificultar para usuários.

Mais Goiás – Inglid Martins Goiânia, GO

A negociação salarial entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos de Goiânia (Sindcoletivo) e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET) permanece travada, sem avanço formal mesmo após seis rodadas de conversa.

Os motoristas ameaçam greve caso as demandas não sejam atendidas. A categoria tenta negociar o reajuste anual com data-base em 1º de março. Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (10), às 14h, na sede do SET.

Até agora, segundo o Sindcoletivo, nenhuma proposta concreta foi apresentada pelas empresas, apesar das sucessivas promessas. O presidente do sindicato dos trabalhadores avaliou que o processo deste ano tem sido mais moroso que o registrado em 2024.

Além das seis reuniões realizadas, o sindicato alega que outras cinco foram desmarcadas pelas empresas. Para a entidade, essa postura afeta a credibilidade da negociação e revela falta de respeito com a categoria. A direção sindical também tem apontado contradições, considerando que o sistema opera com subsídios públicos e renovação da frota.

O que os motoristas pedem?

Os trabalhadores reivindicam reajuste entre 8% e 9%, além de melhores condições de trabalho. Entre os pontos debatidos estão a redução da carga horária, tempo menor de intervalo para refeições e melhorias nas salas de descanso dos terminais, usadas por motoristas e cobradores.

O salário base de um motorista de ônibus em Goiânia gira em torno de R$ 3 mil. Em 2024, o reajuste foi de 7,5%, homologado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com aumento também no vale-alimentação.

Para o Sindcoletivo, o piso salarial ainda é um dos mais baixos entre as capitais, apesar de Goiânia ter uma das tarifas mais caras do país. Segundo a entidade, cidades como São Paulo e Brasília oferecem remuneração significativamente superior aos motoristas do transporte urbano.

Publicado em 09/06/2025

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Patricia Amaral

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