Conseguir se comunicar em línguas diferentes vem sendo crucial, tanto no Brasil, quanto no mundo. Atualmente, cerca de 5% da população brasileira fala inglês, e apenas 1% possui fluência. Além de uma forma de se comunicar, ser bilíngue abre novas oportunidades profissionais, acadêmicas, pessoais e até mesmo de experiências culturais, pois a língua inglesa é um idioma universal. Com a globalização e os avanços tecnológicos, a importância do inglês se torna mais presente, pois possibilita uma conexão com o mundo.
Ter uma segunda língua e entender sua necessidade é o caso de brasileiros e brasileiras, e também o da Aline Silva, fundadora da Mempodera. A língua inglesa apareceu na vida da atleta em 2014, quando surgiu o interesse de participar do Global Sports Mentoring Program (GSMP), projeto que a ajudou a planejar a Mempodera. “Quando eu conheci as fundadoras do programa, eu ainda não falava inglês e estava me preparando para participar das Olimpíadas do Rio 2016. Comecei a estudar com aplicativo e com séries, ia anotando nas paredes da casa e praticando muito nas viagens. De 2016 para 2017 eu apliquei para o programa, então tinha que fazer uma entrevista ao vivo, falada, e eu passei a fazer parte desse intercâmbio”.
Aline conta que o programa abriu outras portas para ela. “Eu fiz pelo menos mais três projetos em inglês, me comunico muito melhor agora e minhas conexões aumentaram no mundo. Eu tinha a oportunidade de viajar e eu não conseguia aproveitá-las na íntegra. Como atleta, a gente tem essa coisa de estar viajando, mas se você não fala outras línguas, você acaba não aprofundando amizade com ninguém e não tem networking. Então, falar inglês me abriu as portas e foi por isso que a gente pensou em colocar na Mempodera, pensando em dar uma oportunidade melhor para as nossas meninas, pois há dados que mostram que quem fala inglês tem mais oportunidade de emprego e de salário mais alto”, explica a atleta.”
O inglês na Mempodera
A organização possui seis espaços onde ocorrem as atividades. As aulas de inglês ocorrem duas vezes na semana, de forma prática e focada para o meio esportivo, unindo o inglês ao wrestling. “Nos baseamos na metodologia de uma pedagoga chamada Laís Guerra, em que ela fornece materiais para professores de inglês. Porém, como o nosso projeto é muito específico, toda essa metodologia foi adaptada por nós da Mempodera. Eu entrei na Mempodera em 2020 e eu fui construindo passo a passo com as crianças, principalmente o inglês voltado para o wrestling, que é um vocabulário mais específico”, explica Camila Tristão, coordenadora do inglês na organização.
Publicado em 08/05/2024