História de
O Palácio do Planalto, até o momento, não se manifestou oficialmente. Nos bastidores, a estratégia é avançar com um plano de ressarcimento aos aposentados afetados até a sessão de junho, tentando conter o desgaste político.
Uma nova crise política se desenha em Brasília após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que a Câmara dos Deputados e órgãos de controle — como a Polícia Federal (PF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o próprio INSS — prestem esclarecimentos sobre fraudes no sistema previdenciário. A decisão atende a um mandado de segurança apresentado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL/MG), que tenta forçar a instalação de uma CPI para investigar descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
Fux estipulou prazos rigorosos: 10 dias para a Câmara, 15 para a Advocacia-Geral da União (AGU), e só depois disso a Procuradoria-Geral da República (PGR) dará seu parecer. Só então o STF decidirá se acolhe o pedido do deputado, que alega violação do direito das minorias parlamentares de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
O caso ganhou repercussão após a oposição, liderada por parlamentares bolsonaristas como Nikolas, denunciar um suposto esquema de descontos irregulares nos benefícios do INSS. Embora já tenham conseguido o número mínimo de assinaturas para abrir a CPI, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), ainda não autorizou sua instalação. Paralelamente, o Senado, sob comando de Davi Alcolumbre, marcou para 17 de junho uma sessão que pode criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o tema.
Enquanto isso, o PL intensifica sua ofensiva contra o governo. Nikolas, que recentemente ganhou atenção ao propor taxação do Pix, tem usado as redes sociais para acusar o Planalto de negligência e omissão. Em vídeos, ele denuncia o que chama de “roubo institucionalizado” nos benefícios previdenciários.
O Palácio do Planalto, até o momento, não se manifestou oficialmente. Nos bastidores, a estratégia é avançar com um plano de ressarcimento aos aposentados afetados até a sessão de junho, tentando conter o desgaste político.
A disputa entre Legislativo, Judiciário e Executivo promete esquentar ainda mais, com potencial para abalar as estruturas do governo e reacender o debate sobre o papel das CPIs no combate à corrupção.
Publicado em 03/06/2025
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