Você já deve ter ouvido falar do estrabismo, uma condição ocular que faz com que os olhos não fiquem alinhados paralelamente. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 4% dos brasileiros são ou já foram estrábicos. Apesar de geralmente acometer crianças, também pode se manifestar na vida adulta, ainda que seja mais difícil.
Quando em crianças, as causas são diversas, desde distúrbios genéticos e histórico familiar até doenças neurológicas, fraqueza de nervos cranianos que controlam o movimento dos olhos ou até uma fratura na órbita ocular. Já em adultos, pode ser desencadeado por uma doença física não ocular ou neurológica. Para ajudar a desmistificar ainda mais essa condição, Dr. Celso Cunha, oftalmologista e consultor da HOYA Vision Care, empresa japonesa que produz lentes para óculos de alta tecnologia desenvolvidas para correção de problemas da visão, apresenta alguns mitos e verdades.
- O estrabismo se corrige sozinho: MITO. Algumas vezes, há uma melhora significativa e espontânea, mas em todos os casos é necessário o tratamento correto para alinhar os olhos e evitar problemas futuros permanentes.
- Existem vários tipos de tratamento para a condição: VERDADE. O tratamento depende principalmente da gravidade da condição e do tipo de estrabismo. Podem ser utilizados óculos, tampões oculares, exercícios ortópticos e até cirurgia em casos mais graves.
- Óculos curam todos os tipos de estrabismo: MAIS OU MENOS. Quando o estrabismo está relacionado a um problema de refração, como é o caso da hipermetropia, os óculos ajudam, sim. Entretanto, em muitos outros casos, para um tratamento efetivo é necessário fazer exercícios oculares, utilizar óculos com prisma ou recorrer à cirurgia.
- O tratamento precoce é fundamental: VERDADE. Como em todas as áreas do corpo, os nossos olhos merecem a mesma atenção. Diagnosticar e tratar o estrabismo precocemente aumenta muito as chances de sucesso do tratamento. Quanto antes, melhor, pois também evita complicações, como a ambliopia.
- Forçar os olhos pode ajudar a resolver: MITO. Se a pessoa forçar os olhos a ficarem retos, isso só vai causar incômodo e desconforto. O estrabismo requer um diagnóstico e um tratamento especializado, com ou sem intervenção de procedimento cirúrgico.
“Vale ressaltar que, após a cirurgia, a pessoa deve se afastar de atividades gerais por sete dias, aguardando a regeneração completa dos tecidos, que ocorre em 30 dias. É importante procurar uma clínica oftalmológica se forem detectados sinais como desvio ocular, visão dupla, dor de cabeça ou perda da nitidez. Além disso, faça exames regulares e mantenha uma rotina de cuidado com os olhos para evitar problemas futuros”, afirma o especialista.
Publicado em 22/10/2024
