Se você é brasileiro e sabe minimamente o que acontece neste país, então você já ouviu falar da Cracolândia na região central de São Paulo. A cidade mais rica do país, onde se concentram os maiores conglomerados empresariais, e onde se fazem os grandes negócios da América Latina e, sem exageros, possivelmente do mundo, sofre de um câncer intratável: um aglomerado de usuários de drogas, mortos vivos que furtam, roubam e ameaçam para sustentar o seu vício. No coração da cidade, a cracolândia serve também de ponto para traficantes. Há décadas este problema está instalado e, seja de esquerda ou de centro direita, nenhum governo Estadual ou municipal conseguiu uma solução definitiva para ele. Várias tentativas foram implementadas mas nenhuma obteve o resultado desejado. Agora, os governos de Tarcísio de Freitas no Estado e Marcos Nunes na prefeitura se aliam ao governo Federal para dar uma solução ao problema. Acontece que, embora comprometidos com a solução, apenas o governo Estadual quer assumir que luta contra a situação. Porquê?
É notícia e você pode pesquisar: as ruas da crocolândia estão quase desertas. Não se vê usuários e pequenos traficantes que se viam recentemente. O governo Federal, através de convênio com o governo Estadual, tem apoiado a retirada de cerca de 800 famílias que ocupavam a favela do Moinho, vizinho da cracolândia.
O Estado com seu aparato policial, acredita que vinha de lá grande parte do fornecimento de drogas para os ocupantes da cracolândia.
Aproveitando um projeto de instalação de um parque na região, o governo estadual já deslocou 716 famílias, iniciando as demolições necessárias. O Governo Federal, proprietário do terreno desocupado, entra com recursos que auxiliarão o pagamento de aluguel social até que residências definitivas sejam adquiridas com recursos Federal e estadual. Já o município fará a segurança do lugar, promoverá a logística e auxiliará os demais governos da execução do plano.
O Governo Federal diz que não apoiará ações de força para retirada dos moradores da favela. O Governo Estadual diz que 90% da famílias sairam voluntariamente e que fará acordo com os demais. A prefeitura diz que a Guarda metropolitana não usa força. Todos concordam que a desocupação da favela impactou o esvaziamento da cracolância.
O problema é complexo pois além de polícia para combater o crime, é preciso apoio social para as pessoas dependentes, precisa transporte para levá-las aos centros de tratamento; é preciso serviço de saúde adequado para atender toda esta demanda e precisa de pontos de acolhimento para as pessoas que não tenham para onde ir. Os governos municipais e estaduais garantem que estarão fornecendo tudo isto. Mas tem gente vociferando que instalou-se uma ditadura no lugar. Que há um uso excessivo de forças e que as pessoas estão sendo espancadas para não retornarem ao lugar. Tem psiquiatras dando entrevistas para a necessidade de se acolher estas pessoas que tem a cracolândia como referência. Elas teriam o “direito” de continuar ali. Isto faz com que ninguém queira se envolver com o assunto. Mas porque ainda há quem queira manter este quadro?
Desde que o mundo é mundo, há pessoas que farão o bem e parecerão más. E há quem faça o mal parecendo fazer o bem. Acontece que, nas piores desgraças humanas haverá sempre quem possa tirar proveito da situação. O dependente químico é importante para o traficante que precisa do cliente para o seu produto; Para a ONG que atrai dinheiro público e privado para “assistir” ao dependente; para o partido político, que faz do dependente sua bandeira de luta sem saber o que ocorre de verdade além daquilo que diz na eleição. Se fazer o bem não é o mesmo que agradar a todo mundo, fazer o mal não significa desagradar a muitos. Muitas vezes os que mais te prejudicam são os que dizem que estão te ajudando. Pense nisto.
RAPIDINHA: Em Goiás, temos a melhor segurança Pública do país. Não que o governo tenha feito muito para isto, mas deixa as policias trabalharem. Um Coronel na frente da secretaria, com bom trânsito entre as polícias, dá o resultado que a sociedade precisa. É preciso deixar que as polícias trabalhem, pois as polícias sabem o que fazer. Se a justiça não atrapalha, fica tudo mais fácil. Afinal, não se faz segurança sozinho e Goiás aprendeu isto. Agora, São Paulo tem aplicado esta máxima. Tomara que seja o fim da Cracolândia. Ninguém precisa dela, a não ser os aproveitadores.
AVELAR LOPES DE VIVEIROS – CEL PM RR – ESPECALISTA EM SEGURANÇA
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