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CBF: Deputada pede ao STF afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues.

Ednaldo Rodrigues pode deixar a presidência da CBF — Foto: Joilson Marconne / CBFEdnaldo Rodrigues pode deixar a presidência da CBF — Foto: Joilson Marconne / CBF

Ge – Por Raphael Zarko — Rio de Janeiro

A deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, pediu na noite de segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF e a revisão do acordo homologado pelo tribunal em fevereiro deste ano que encerrava a ação questionando o processo eleitoral da entidade. Consultada pelo ge, a CBF informou que não vai se pronunciar no momento.

A parlamentar e ex-ministra do Turismo baseia os argumentos de sua petição em laudo que atesta ser falsa a assinatura do Coronel Nunes no acordo firmado no início deste ano. Nunes é ex-presidente da entidade e foi vice de Ednaldo Rodrigues no último mandato.

Na petição ao STF realizada na última segunda, Daniela do Waguinho anexou um laudo que afirma que a assinatura de Nunes no acordo “não foi realizada de forma livre e consciente e sob plenas faculdades mentais” e “recaem dúvidas razoáveis acerca da autenticidade da assinatura”, conforme informação publicada inicialmente pelo portal Léo Dias.

A petição cita ainda laudo assinado em 2023 por Jorge Pagura, chefe do departamento médico da CBF, afirmando que Nunes “não detinha condições físicas e cognitivas para expor seu aceite a qualquer condição que lhe fosse apresentada”.

A deputada recorreu ao artigo 168 do Código Civil, que confere ao juiz poder para anular “negócio jurídico ou seus efeitos”, em referência ao acordo homologado em fevereiro.

A perícia que produziu o laudo anexado na petição foi encomendada pelo vereador Marcos Dias (Podemos-RJ). Ele também utilizou o documento em denúncia que enviou ao Ministério Público Estadual pedindo investigação do caso.

A autora da perícia é Jacqueline Tirotti, da Tirotti Perícias Judiciais e Avaliações. O escritório foi contestado em casos recentes, ao validar um vídeo usado para acusar o padre Júlio Lancelotti de pedofilia e ao afirmar ser verdadeira a assinatura da apresentadora Ana Hickmann em documento de dívida com o banco Daycoval. Lancelotti e Hickmann negam as acusações.

Publicado em 06/05/2025