Aliança Democrática foi o partido vencedor das eleições, mas líder Luis Montenegro (foto) ainda precisa formar uma coalizão para conseguir governar
As eleições realizadas no domingo (10/3) marcam uma guinada à direita de Portugal, com a vitória da Aliança Democrática (AD), coalizão entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS).
No entanto, a vitória da AD ficou muito abaixo das expectativas e as contas para a formação do governo de Portugal são complicadas. A maioria folgada só poderá acontecer se a AD fizer uma coalizão com o Chega, partido da direita radical, que conseguiu mais de um milhão de votos e 48 deputados no Parlamento.
O cenário deixado pelas urnas é complicado e os próximos meses serão essenciais para saber se há espaço para a criação de um governo estável, ou se o país terá de realizar novas eleições antecipadas.
“Esta vitória tem de ser ouvida em muitos locais do país. Tem de ser ouvida no palácio de Belém (residência da Presidência) onde um Presidente da República tentou condicionar à última hora o voto dos portugueses”, disse. “Mas este bom povo português sabia o que queria e que não se deixaria condicionar, e quem escolhe o governo de Portugal são os portugueses e mais ninguém”.
Ventura disse que o Chega “foi o partido mais perseguido em toda a história”. E criticou: “Espero que muitos jornalistas e comentadores engulam algumas palavras que disseram desde há alguns anos”.
Publicado em 11/03/2024