Jornal Opção
Um aliado do candidato a prefeito de Goiânia pelo PSD, senador Vanderlan Cardoso, afirma que ele está preocupado, até muito preocupado. Porque, se perder na capital e sua mulher, Izaura Cardoso, perder em Senador Canedo, sua situação política para a disputa de 2026 ficará complicada. Possivelmente, de acordo com o companheiro de jornada, terá de trocar a disputa de senador pela de deputado federal.
O mesmo aliado sugere que Vanderlan Cardoso não está participando dos debates para não se desgastar antes da hora. Quanto mais sumido, menos desgaste. Ele prefere que os demais debatam e se ataquem, deixando-o de lado. O senador também estaria evitando gastar dinheiro neste momento, confiando na orientação de um marqueteiro de que a campanha só começa de verdade a 15 ou 20 dias do pleito.
Só que Vanderlan Cardoso parece não perceber uma questão bem simples: na medida em que ele some, e o candidato do União Brasil, Sandro Mabel, se apresenta, há a possibilidade de, em breve, o ex-deputado federal consolidar a imagem de “único” gestor e superá-lo nas pesquisas de intenção de voto.
Na política há um truísmo: quem não aparece, por questão tática ou estratégica, acaba sendo esquecido. Então, Sandro Mabel pode acabar sendo mais lembrado do que aquele, no caso Vanderlan Cardoso, que não se apresenta.
Um ex-deputado afirma que Vanderlan Cardoso tem muito as seguintes perguntas: “O sr. apoia o governo do presidente Lula da Silva, do PT?” e “quantos aliados, como Abelardo Vaz, o sr. indicou para o governo do PT?”
Se estiver seguindo orientação do marqueteiro Marcus Vinicius, que se apresenta como terapeuta eleitoral, talvez seja a hora de reconvocar o marqueteiro Renato Monteiro. Este, por certo, diria o óbvio para Vanderlan Cardoso: só é possível “sumir” quando se está bem na frente dos demais candidatos. Como se sabe, neste momento, Vanderlan Cardoso e Adriana Accorsi estão em primeiro lugar, tecnicamente empatados. E com o terceiro colocado, Sandro Mabel, na cola. Por sinal, dos três citados, o candidato do União Brasil é o único que permanece subindo de pesquisa para pesquisa. Não lidera, é fato, mas cresce. Para quem começou a se apresentar como candidato por último, o líder do UB está bem. Até muito bem. É o que o sensato Renato Monteiro diria ao senador do PSD.
A fama de “fujão” dos debates, se grudar em Vanderlan Cardoso, não sairá facilmente. Então, o ex-deputado estadual Samuel Almeida e o deputado federal Ismael Alexandrino, do PSD, como seus mentores políticos, precisam dizer e, até, gritar: “Apareça, Vanderlan!” (E.F.B.)
Publicado em 18/08/2024