Num domingo qualquer, próximo à Páscoa Judaica, Jesus se aproxima de Jerusalém onde é recebido como rei. O povo eufórico, estende suas vestes no chão para a passagem do mestre. Jesus não estava alheio aos acontecimentos. Sabia do que estava por vir. Tanto é verdade que em Lucas 9:22, muito antes dos acontecimentos pascais, Ele previu: É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos, e pelos principais sacerdotes, e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia.
Jesus também não estava alheio ao tamanho do sofrimento que deveria padecer. Assim é que, dando vazão a angústia legitimamente humana, clama dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice, sabendo Ele que não seria atendido pois compreendia que o plano veio do Pai e necessitava ser concluído. Por isto mesmo prossegue sua oração dizendo: “todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42), deixando-nos um modelo de prioridade: Nossos planos são relevantes para Deus desde que não nos tire do caminho da eternidade. Entre a salvação e a perdição, Deus escolhe nos conceder a salvação. Ainda que nos falte a compreensão disto, o que promove algumas injustiças nossa, não d’Ele. O que Cristo está fazendo é estabelecendo um modelo: clamem ao Senhor, e submetam à sua soberania.
Mas a Bíblia continua a descrever a agonia de Jesus mais ou menos na sequência em que: Ele foi traído, preso, espancado, torturado, humilhado e crucificado. Nada além da miséria humana. Ele não ficou morto pois, segundo a história, no terceiro dia Ele ressuscitou. A justiça terrena, representada em Pôncio Pilatos, não tendo encontrado nada que comprovasse sua culpa, quis soltá-lo. Mas diante do clamor da multidão, que não quer dizer o povo mas os militantes, que gritava crucifica-o, Pilatos o manteve o rito da Paixão. Em contrapartida, ainda pelo clamor dos manifestantes, preferiu soltar Barrabás, ladrão e homicida conhecido por contumaz que era. Este equivoco judicial foi tão significante na história da humanidade que os homens ainda hoje preferem prender o inocente e soltar o ladrão. Sem levar em conta que prevalece a vontade de Deus, em detrimento às paixões humanas.
Rapidinha: As forças armadas brasileiras vêm sendo desacreditadas a cada dia. Recentemente, a Aeronáutica precisou esconder em um decreto presidencial, a relação de ministros do STF que usaram aeronaves públicas para interesses não publicáveis (desculpe o trocadilho), Mais de 150 desde 2023. Agora, foi determinante o uso de uma aeronave militar brasileira para dar fuga à ex primeira dama do Peru, condenada por corrupção. O presidente da República se identificar tanto com estas condenações por corrupção da Odebrecht, eu entendo. O que não entendo, é a falta de pejo em usar uma aeronave militar para este serviço sem que ninguém se incomode com isto. Quando penso que chegamos ao fundo do poço, cavam mais um pouquinho. Neste caminho logo o Brasil encontra a Venezuela.
Avelar Lopes de Viveiros – Cel PM RR
Especialista em Segurança
Publicado em 21/04/2025
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