Menos de dois anos após o lançamento do ChatGPT, que popularizou a IA, as formas aceitáveis de utilizar a inteligência artificial generativa em conteúdos de jornalismo e de propaganda começam a se delinear melhor.
Pesquisas mostram que depois do entusiasmo inicial e da onda de pânico pelos riscos que da IA ofereceria até para o futuro da humanidade, como pregaram os mais assustados, o debate agora se volta para a transparência, sobretudo em relação a imagens.
Dois estudos recentes, do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo da Universidade de Oxford e da Getty Images, sinalizam que informar que um texto e uma imagem ou vídeo empregaram a inteligência artificial em sua criação ou tratamento consolida-se como uma exigência do público.
Digital News Report e a IA no jornalismo.
O Digital News Report 2024 do Reuters, lançado na semana passada, é trabalho é uma extensa pesquisa sobre o comportamento de consumo de notícias abrangendo 47 países, incluindo o Brasil. Ele se concentra principalmente na avaliação da confiança no noticiário − que está em 40% no mundo e 43% no Brasil.
Um dos capítulos do relatório examina as percepções dos entrevistados de seis países − Argentina, Dinamarca, França, Japão, Reino Unido e EUA − sobre a inteligência artificial generativa, não apenas no jornalismo mas em também em outros campos, como a ciência.
Luciana Gurgel
Publicado em 30/06/2024