A década de 60 trouxe para a já habitada região do setor Jaó mais um elemento estimulador para a sua urbanização, que teve início antes mesmo do registro do loteamento, em 1951. A área recebeu um dos maiores projetos turísticos do estado: o clube Jaó.
Seu idealizador, Ubirajara Berocan Leite, era um homem visionário, que enxergou oportunidade onde todos viam apenas um setor em formação, sem nenhuma infraestrutura, um espaço com potencial para erguer um empreendimento de sucesso. Só depois de lançado o clube, o setor deslanchou.
Ubirajara Berocan é natural de Porto Franco.
O sobrenome, curiosamente, não herdou dos pais — Bellarmino Elvídio Leite e Deodina Gomes de Oliveira —, mas foi fruto de uma homenagem à cidade que o viu nascer, às margens do rio Araguaia, em 23 de janeiro de 1913. Berocan é o nome que os índios carajás dão ao Araguaia e significa rio grande.
O Clube Jaó, conhecido de muitas gerações goianienses, faz mais um aniversário.
Ao contrário de quem um dia pensou que não haveria mais espaço para os clubes na vida moderna, o Jaó resistiu às mudanças culturais das últimas décadas e agora se mostra pronto para encarar os desafios que chegam com a nova idade.
Ubirajara Berocan Filho, uma vida dedicada ao Clube Jaó, formação e práticas esportivas, sociais, inclusões, luta constante por uma melhor qualidade de vida a todos!
A história do Clube se confunde com a de Goiânia, tendo contribuído para a formação social, esportiva e cultural de famílias que por ele passaram nesse tempo.
Após alguns anos de dificuldades e pandemia, o Jaó entende que os tempos são outros e que é preciso mais para o associado continuar a ter o clube como sua segunda casa.
O Jaó, em sua fundação, se propôs a contemplar diversas necessidades dos indivíduos, desde as atividades de lazer, esporte e cultura, passando pelo cuidado com a saúde, e, principalmente, promovendo encontros e fortalecendo laços sociais.
Isso foi possível por meio de seus toboáguas e piscinas, seus torneios esportivos e os muitos eventos que durante anos marcaram a agenda social e cultural da cidade.
Como reforça o gestor de reestruturação do Jaó, Guilherme Cruz, essa essência ainda define o lugar que o clube ocupa na vida das pessoas. “É um refúgio dentro da cidade para deixar a agitação, descansar, ter lazer, diversão, praticar esportes, encontrar amigos, sair da rotina”, afirma.
Publicado em 05/08/2023