Um estudo da Unifesp, em parceria com o Instituto de Química da USP (IQ-USP), mostrou que treinos de resistência, como a musculação, podem reduzir a produção de hormônios e substâncias associadas ao Alzheimer, retardando o surgimento dos sintomas.
Na pesquisa, camundongos geneticamente modificados para simular características da doença foram submetidos a treinos físicos. Progressivamente, os animais carregavam pesos maiores presos ao corpo enquanto subiam escadas e faziam movimentos análogos aos exercícios praticados em academias.
Ao final do estudo, os cientistas analisaram amostras de sangue dos camundongos e descobriram que os níveis de cortisol – hormônio que, em excesso, aumenta o risco de Alzheimer – haviam diminuído de altos para normais.
Os pesquisadores também observaram que a redução desses hormônios diminui a produção de placas amiloides, proteínas que prejudicam a sinapse e causam danos aos neurônios, sendo marcadores do Alzheimer. Essa redução pode prevenir ou, pelo menos, atrasar o aparecimento dos sintomas.
Além de combater os sintomas da doença, a musculação também melhora o equilíbrio e a força, prevenindo quedas comuns entre idosos e pessoas com doenças degenerativas.
Bruno Silva, treinador da Smart Fit, também destaca os benefícios da musculação para a saúde mental: “A musculação pode reduzir os sintomas de ansiedade e depressão, pois eleva os níveis de endorfina no corpo”, explica.
“O aumento de endorfinas, que cresce com o esforço físico, é o que gera aquela sensação de bem-estar durante e após o treino”, complementa.
Publicado em 25/09/2024