Mauricinho Hippie|Foto: Acervo Mag
O mineiro goiano, Maurício Vicente de Oliveira, ou simplesmente e popularmente, Mauricinho Hippie.
Artista morreu aos 84 anos, agitador cultural eGoiânia, e precursor do movimento hippie na capital de Goiás entre os anos 60 e 90, estava internado no Hugol, enfrentou o Alzheimer e o Parkinson, mas não teve a causa revelada.
Ídolo goianiense há mais de 50 anos, Mauricinho Hippie sempre foi uma pessoa admirada por todos, de personalidade marcante, foi de uma época onde o respeito predominava.
Figura ilustre, com seu estilo único, chamava atenção por suas roupas de cores e estilo extravagantes.
Mauricinho Hippie foi também artista plástico, um dos pioneiros, como o próprio nome diz, do movimento Hippie em Goiânia, sendo inclusive um dos fundadores da Feira Hippie.
Andava ruas declamando poesias, fazendo apresentações artísticas sempre vestindo personagens, defendia os homossexuais em uma época em que imperava o conservadorismo.
Foto: Reprodução Acervo MAG
Tinha apoio da mãe, mas o pai não aceitava suas manifestações artísticas, descontente, seu pai juntou todo o material, poemas, partituras, telas, desenhos e letras de músicas do filho e queimou tudo em uma fogueira.
Maurício então pegou as suas roupas convencionais e queimou em uma fogueira ao lado da feita pelo pai.
A história foi confirmada por Mauricinho em uma entrevista ao jornalista e produtor cultural Carlos Brandão, em 2011.
“A partir daquele ato de queimar minhas roupas normais, eu passei a fabricar as roupas que vestia”, declarou à época
Com ele se vai parte de uma época de Goiânia.
Publicado em 12/11/2024
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