Caracterizada pela diminuição da densidade óssea, a osteoporose afeta mais de 500 milhões de pessoas ao redor do mundo.
Tamanha incidência, sobretudo na população idosa, pode dar a impressão que este enfraquecimento doentio dos ossos é inevitável com o passar dos anos. Mudar essa noção, mostrando que hábitos saudáveis como a prática do exercício físico podem evitar tanto o aparecimento quanto o avanço da doença, foi um dos principais objetivos da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao criar o Dia Mundial da Osteoporose, celebrado anualmente no dia 20 de outubro.
Ao longo dos últimos anos, pesquisadores têm deixado claro que, embora perda gradual da massa dos ossos seja algo fisiológico, em especial para as mulheres após a menopausa, a adoção de uma rotina de exercícios físicos de força que estimulam o esqueleto humano acima de suas quantidades normais é uma maneira efetiva de diminuir os impactos desse processo.
De acordo com estudos como o publicado por pesquisadores italianos na Biochemistry International Research, essas atividades físicas atuam de maneira transversal no combate à osteoporose ao não apenas melhorarem o metabolismo ósseo por meio desses estímulos de força, mas também por elevarem a produção hormonal a níveis mais saudáveis e fortalecerem os músculos, melhorando o equilíbrio e reduzindo as chances de queda – principal fator de risco para pessoas acometidas pela doença.
Treinador da Smart Fit, Bruno Silva afirma que alguns trabalhos são especialmente indicados para quem quer prevenir o enfraquecimento dos ossos. Dentre eles, destacam-se os chamados ‘exercícios multiarticulares’, que trabalham concomitantemente diversos grupos musculares e articulações.
“Alguns exemplos são agachamento com carga, supino com carga, remada com carga, e exercícios de impacto utilizando o peso do corpo como o agachamento com salto e a flexão de braço. É importante mencionar também os exercícios cardiovasculares, como a caminhada”, destacou Silva.
Em meio às recomendações, Silva ressaltou a importância de se adotar cautela na prescrição do treino para pessoas de grupos de risco, caso dos idosos. Segundo ele, a realização de entrevistas prévias para conhecer o histórico do aluno e requisição de autorização médica são fundamentais para ajustar, com segurança, variáveis como volume, intensidade do treino e até mesmo avaliar a modalidade ideal.
“É preciso entender o quanto esse indivíduo pode exercer de força sobre o esqueleto. Sabendo disso, fica mais fácil prescrever um treino adequado ou ainda direcioná-lo a práticas de menor impacto, como o pilates, por exemplo”, afirmou o treinador.
Publicado em 30/10/2024
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