Ulysses Sena abriu os discursos agradecendo a homenagem ofertada à categoria. “Para mim é uma satisfação imensa estar aqui hoje. Cumprimento o deputado Bruno Peixoto, que tem feito um trabalho grandioso nessa Casa, deixando sua marca. Agradeço a você por sempre ter valorizado nossos profissionais das engenharias, da agronomia e das geociências do nosso Estado.”
Ele também agradeceu os votos obtidos dos colegas na eleição para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-GO). “Esses 1.221 votos aumentam minha responsabilidade frente à categoria.”
Em seguida, a diretora-geral da Mutua Goiás, Tatiana Pereira, fez uso da palavra, sublinhando a alegria em ser uma das agraciadas com a honraria. A engenheira fez um retrospecto da profissão e lembrou dos primeiros artífices da engenharia, que antes da existência dos cursos de formação, se baseavam nos conhecimentos práticos, para gradativamente, ao longo do tempo, desenvolverem soluções cada vez mais tecnológicas.
Pereira chamou a atenção para um outro aspecto relativo à profissão: a desigualdade entre homens e mulheres, que antes se dava até mesmo no número de estudantes nos cursos de engenharia e seguia na colocação das mulheres no mercado do trabalho e nos salários ofertados.
Segundo ela, hoje as ingressantes nos cursos de engenharia já são quase 50%, mas as condições de trabalho não se modificaram. “Por vezes temos que embrutecer para mostrar que somos capazes. E, claro que somos. Passamos pelas mesmas disciplinas sob os mesmos critérios e exigências para formar. Nossa habilitação diante do Crea é exatamente igual. Então por que nos pagam salários diferentes? Por que não temos as mesmas oportunidades de emprego?”, questionou.
A gestora encerrou sua fala deixando a reflexão aos colegas sobre essa situação das mulheres na engenharia e os desafios para equalizar as jornadas dos trabalhos profissional e doméstico.
O deputado e formando em engenharia Wagner Camargo Neto foi o orador seguinte. Ele contou sua trajetória como estudante de engenharia, que teve que ser paralisada, em 2016, faltando um semestre para se formar, para que assumisse o cargo de vice-prefeito em Itapuranga. Em 2018, foi eleito deputado estadual, em uma campanha muito modesta e com pouco apoio político. Segundo ele, com muito trabalho, em 2022, conseguiu a reeleição e somente agora, teve condições de voltar ao curso para concluí-lo.
Por fim, Neto cumprimentou os homenageados. “Se vocês hoje estão sendo homenageados aqui, o mínimo que eu teria que fazer, era poder pedir licença ao presidente e, ao lado dele, avalizá-lo por todos os homenageados e parabenizá-los dentro do segmento que vocês atuam, porque a gente sabe dos critérios de escolha. Todos vocês merecem esse reconhecimento.”
Na sequência, o vereador Antônio Pedro da Silva Filho recebeu a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira e falou aos presentes. Neném da Civil narrou sua trajetória de criança muito pobre, que foi engraxate e catador de ossos nas ruas de Santo Antônio do Descoberto, mas que tinha o sonho de se tornar policial civil, realizado muitos anos depois.
Antônio Pedro contou que hoje faz um trabalho com as crianças das escolas públicas da cidade, no Entorno de Brasília, com palestras e assistência, que tem mudado a vida de muitas delas. Ainda falou do orgulho de receber a honraria. “Hoje quando recebo uma Medalha do Mérito Legislativo, o senhor Bruno Peixoto não está entregando só para mim, mas para uma polícia de todo o Entorno. Dedico também a uma população de 100 mil habitantes e, em especial, aos 20 mil jovens com os quais trabalho.”
Falando em nome dos homenageados com o Certificado do Mérito Legislativo o engenheiro Aleixo Rozendo de Araújo Neto pontuou que a engenharia o transformou como pessoa. “Eu aprendi a me adaptar ao meio ambiente, aprendi ser mais sagaz.”
Ele disse que a mensagem que gostaria de deixar era de que é preciso evoluir em todos os aspectos da vida. “Como na engenharia, todo dia a gente teve que evoluir, para concluir nosso curso, para fechar um contrato, para concluir um trabalho. Mas o mais importante é evoluir como seres humanos”, afirmou.