O meio de rede será a atração à parte da final entre Praia Clube e Minas no Ginásio Geraldão, no Recife (PE), pelo título da temporada 2023/2024 da Superliga feminina de vôlei. É, ali, que Adenízia e Thaisa protagonizarão o encontro de campeãs olímpicas na quadra.
Adenízia é a principal bloqueadora da Superliga: foram 101 pontos rechaçando o poderio ofensivo adversário. No ataque, possui o sétimo melhor aproveitamento: 125 pontos em 245 tentativas, ou seja, 51%. Aos 37 anos, a mineira, de Ibiaí, campeã olímpica em 2012, tem fome de título.
– A famosa “Final Pão de Queijo” vai pegar fogo, eu falo que vai ser além do voleibol. Vai ser garra, vai ser coração. Eu espero um grande show no domingo. Ficarei feliz demais se eu conquistar esse título pelo meu Estado – comenta a atleta, de 1,85m.
Adenízia conta que conhece Thaisa desde a adolescência. Foram campeãs juntas com a seleção nas Olimpíadas de Londres. Portanto, não há mistério sobre o jogo de uma e da outra. Impera, no entanto, o respeito.
– A gente se conhece desde os 14 anos de idade, época da seleção de base, depois jogamos juntas em Osasco, foram mais de 10 anos de seleção. Nos respeitamos demais. A gente sabe o ponto fraco e o ponto forte de cada uma. Estamos sempre brincando uma com a outra, mas ali dentro de quadra a gente se respeita. Será um grande duelo e com muito respeito, como sempre.
Thaisa é a quinta melhor bloqueadora da Superliga: são 69 pontos somados desta maneira em 89 sets. Ocupa, também, a quinta posição no quesito “melhor sacadora”, o 15º lugar no ranking de “maior pontuadora” e aproveitamento de 50% nos ataques (185 pontos em 370 tentativas). Sabe que tem muitos pontos fortes, mas elogia a capacidade de bloquear da amiga – e rival deste domingo – Adenízia.
– Somos amigas desde os 14 anos. Ela namorou meu irmão, foi praticamente da família. Acaba que jogando em outro clube não ficamos tão grudadas, mas o carinho, o amor, a torcida que uma tem pela outra, sempre vai existir. Estamos sempre torcendo uma pela outra. Na quadra, cada um vai defender o seu, claro. É sempre difícil jogar contra a Adê, porque ela tem muita energia, corre, pula e vibra… Meu Deus! Não sei onde arruma tanta energia. Se eu gritar o tanto que ela grita, eu não jogo (risos). O bloqueio dela é escandaloso, é incrivelmente rápida e precisa. É diferenciada nesse fundamento. Eu tento entender como ela funciona, observo e aprendo. Eu pergunto para ela: “Como você faz isso aí?”. É uma arma muito poderosa, é difícil jogar contra ela – contou Thaisa.
Publicado em 20/04/2024