FORMULA 1

‘Questiono por que faço isso’: Hamilton mostra frustração no rádio em Singapura.

AFP__20240921__36GV47Z__v1__HighRes__AutoPrixF1SinQualifying-scaled-aspect-ratio-512-320Foto: Lillian SUWANRUMPHA / AFP

Lance! Escrito por 

GP de Singapura do último fim de semana foi de enorme frustração para Lewis Hamilton.

O heptacampeão admitiu que ficou extremamente incomodado com a estratégia da Mercedes de largar de pneus macios, algo que nenhum dos outros 13 primeiros colocados no grid fez. Nem mesmo George Russell, companheiro de Mercedes. Uma análise das comunicações via rádio entre piloto e engenheiro mostra um Hamilton torturado.

A irritação maior foi com o fato de que Hamilton, que saía na terceira posição, brigou pelo direito de largar de pneus médios, algo que via como melhor tática. A equipe, porém, decidiu cercar diferentes possibilidades, algo que deixou o piloto “perplexo”, segundo as próprias palavras.

O portal inglês RaceFans fez ampla avaliação das comunicações via rádio entre Hamilton e o engenheiro Peter Bonnington. Antes mesmo da largada, ainda durante a volta de apresentação, deu a letra. “Teremos um longo dia”, após descobrir que os rivais tinham planos diferentes.

Durante a sétima das 62 voltas, Lewis já mostrava incômodo ao ser avisado dos tempos de volta de Russell e Max Verstappen. “Não consigo fazer o tempo deles”, resmungou. Em seguida, na volta 16, após a equipe prometer adicionar asa dianteira no momento de troca de pneus, assentiu que era um problema. “Vocês tiraram muito (asa dianteira)”, apontou.

Logo em seguida, os pneus macios já não resistiam mais. Como parou antes dos oponentes para o pit-stop, voltou logo à frente de Pierre Gasly, no 13º lugar e com pneus duros. Durante a 20ª volta, relatava que os pneus traseiros esquentavam e quis saber se parou antes dos demais, ao passo que foi informado que, sim, esteve entre os primeiros, mas não foi o primeiro a parar. “Beleza, mas vamos ter problemas mais tarde. Curto demais (a vida do pneu para o tamanho do stint)”, opinou. Duas voltas depois, dizia sofrer com os pneus. A ideia era ir até o fim, num stint de 45 voltas, mas em cinco giros sentia desconforto.

Menos de dez voltas após a parada, a situação era tão ruim que Hamilton havia concedido espaço bastante para Russell entrar, fazer o pit-stop e voltar à frente. “Onde estou lento?”, questionava. “Não estamos achando áreas de perda. É difícil pelo tráfego”, respondia Bonnington.

Publicado em 27/09/2024

 

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Patricia Amaral

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