Dia 26 de julho se comemora o Dia dos Avós, uma data que anos atrás imaginávamos pessoas sentadas em cadeiras de balanço. Hoje, a realidade é bem diferente. Homens e mulheres com mais de 60 anos não se imaginam parados em casa regando plantas. Essa geração se exercita, viaja muito e se mantém no mercado de trabalho, seja como colaborador ou como empreendedor.
Quando falamos em empreendedorismo, a presença desse público cresce cada vez mais. Segundo uma pesquisa do IBGE, a participação dos brasileiros de 50 a 59 anos subiu de 16,3% para 19,4%, entre 2012 e 2022, em um movimento que deve crescer muito mais nos próximos anos.
Quem decide empreender nessa fase da vida tem algumas vantagens: maior controle financeiro, maior experiência profissional e noção de gestão. A prova disso é a taxa de sobrevivência do negócio. De acordo com a edição mais recente do estudo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que acompanha o empreendedorismo no mundo desde 1999, apenas 6,7% das empresas criadas por jovens entre 25 e 34 anos duram mais de três anos e meio. Na faixa de 55 a 64 anos, esse índice é mais que o dobro: 13,9%.
Avô sim, empreendedor também
Cícero Horácio da Silva, de 57 anos, é um exemplo de avô que não se imagina parado dentro de casa. Sua vida profissional começou aos 13 anos em uma casa de material de construção e nunca mais parou. Na década de 80 trabalhou no ramo de tintas, um segmento que se identificou e que acabou reencontrando em 2022, aos 54 anos, quando , junto com seus sócios, abriu sua primeira franquia do segmento de tintas: A Tintas MC.
Para o empreendedor prateado as pessoas da sua geração devem se manter ativas e não ver a idade como um fardo pesado. “A idade não é uma sentença de morte ou uma desculpa para não realizar os sonhos. Basta querer que o sucesso vem, temos muito para colaborar”, finaliza Cícero.
Publicado em 26/07/2024