ALEGO

A força da mulher na Alego.

A força da mulher na Alego

Ao celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) vai contar com uma extensa programação ao longo de todo o mês de março, como forma de reverenciar o protagonismo feminino. Além disso, buscando valorizar as figuras mais notórias, a Casa entendeu por bem dar visibilidade para algumas mulheres que mais se destacam nos mais diversos departamentos. Seis delas concederam entrevista para a Agência de Notícias, a TV Assembleia e as redes sociais da Casa, e outras tantas vão receber homenagem em Plenário representando todas as demais servidoras, na manhã desta sexta-feira, 8, numa sessão solene proposta pelo presidente Bruno Peixoto (UB).

Durante a entrevista, cada uma relatou um pouco de como foi entrar na Alego e construir uma carreira. Em comum, suas falas evidenciam que, ao longo do tempo, às mulheres foram conquistando espaços dentro da Casa, até que pudessem galgar postos de chefia e diretoria, apesar de ainda não haver equiparação nos números dos cargos mais altos e, nem tampouco, no número de deputadas estaduais.

Há 38 anos na casa e à frente da Agência de Notícias há quase 30 anos, a atual chefe do departamento, Maria Aparecida Mendonça, comentou como foi construir sua carreira. Segundo ela, no início da carreira como jornalista teve dificuldades quando optou pela área esportiva, pois naquela época esse era um universo completamente masculino, onde nenhuma mulher ainda havia se atrevido a entrar, então por conta disso, ela foi a repórter pioneira no futebol. “Tenho isso como uma quebra de barreira, depois de mim vieram várias outras colegas e hoje tem muitas mulheres trabalhando nessa área”, relatou.

Mendonça relembra da sua chegada na Alego quando era recém-formada, recém-casada e tendo que compatibilizar diversas funções. Ela disse que é possível perceber que, ao longo dos anos, muitos foram os desafios, mas, com o trabalho diário, os avanços foram acontecendo e os espaços foram se abrindo para as mulheres.

“O que precisa atualmente é que haja uma maior participação da mulher na política para valorizar às nossas lutas e dar continuidade nesse processo de conquistas por igualdade de salários, combate ao feminicídio, e ainda, ter mais mulheres no Parlamento, pois aqui é o espaço que canaliza todos os instrumentos na elaboração das leis. É preciso que as mulheres sejam valorizadas cada dia mais, garantindo suas posições e a política consiga usar todas as ferramentas para a construção de uma sociedade mais igual, onde as mulheres possam ser respeitadas e valorizadas”, afirmou a chefe da Agência de Notícias.

Já a secretária-adjunta de Consolidação de Legislação da Diretoria Parlamentar, Neolete Freitas trabalha há cerca de 30 anos com a consolidação dos atos normativos da Casa e no apoio a todas as informações no que tange ao processo legislativo, tanto para os parlamentares quanto para a população externa. Neolete pontuou que, como servidora, ao longo desses anos, pode ver o quanto a Alego se aprimorou, deixando os servidores cada dia mais orgulhosos.  “Me sinto muito realizada e apoiada no trabalho que executo, não apenas pela direção da Casa, mas por todos os colegas. A Alego hoje tem uma visão muito integrativa dos diferentes departamentos que buscam apoio mútuo para quem trabalha aqui”, observou.

Outra escolhida é Maria Aparecida Monteiro, cirurgiã-dentista na Assembleia Legislativa desde 1978 como odontopediatra. No desempenho dessa função, ela assegurou que é um privilégio trabalhar no local onde as leis são elaboradas. “Nosso trabalho sempre foi valorizado, mas é claro que houve muitas mudanças ao longo desse tempo, ampliando o espaço da mulher. No futuro, espero que as leis possam favorecer ainda mais as mulheres para que toda a legislação elaborada possa ser cumprida, buscando a melhoria da qualidade de vida da mulher”.

A policial legislativa Sávia Diniz entende que trabalhar aqui é uma grande conquista. “Essa Casa de Leis é o símbolo da democracia, pois é aqui onde nós exercemos realmente os nossos direitos por meio dos nossos representantes e as mulheres têm um papel fundamental nessa construção de leis coletivas que abarquem toda a população. Então, mais do que nunca representamos uma parcela que atua conjuntamente com aqueles que são os responsáveis por legislar em prol de toda a sociedade”, destacou.

Quem também recebeu essa distinção foi Eriete Francisca da Silva, copeira na Alego há cerca de 10 anos. “Me sinto muito grata pelas oportunidades que tive nesta Casa. Iniciei na antiga sede, na parte da limpeza e hoje desempenho a função de copeira. Quero aproveitar o Dia Internacional da Mulher para parabenizar todas elas e dizer que espero melhorias em relação à segurança pública para que a violência doméstica contra a mulher seja coisa do passado e que muitas outras coisas boas possam ser construídas”, falou.

Marlene de Sousa Bueno desempenha a função de assistente legislativo há quase 39 anos na Assembleia Legislativa. “O nosso trabalho aqui é muito gratificante e cada dia mais reconhecido, pois, quando entrei aqui, a mulher não tinha esse mesmo espaço na Casa. Então hoje, a gente se sente muito valorizada aqui dentro. Desde quando entrei até agora houve muitos reconhecimentos para o trabalho da mulher, inclusive a quantidade de mulheres aqui hoje é bem maior. Espero que sempre seja possível abrir espaços”, celebrou ela.

Agência Assembleia de Notícias

Publicado em 08/03/2024