Por Redação do ge — Rio de Janeiro
Aos 80 anos de idade, morreu nesta sexta-feira, às 6h, Wilson Fittipaldi Júnior, vítima de complicações por uma parada cardíaca sofrida em dezembro após um engasgo. O ex-piloto da Fórmula 1 era irmão mais velho do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi e deixa, além dele, a esposa Rita e o filho Christian Fittipaldi, que também teve passagem pela F1. Ele também era tio de Emmo Fittipaldi e tio-avô de Pietro e Enzo Fittipaldi, estes piloto reserva da Haas na F1 e ex-piloto da Carlin na F2, respectivamente.
Wilson Fittipaldi Júnior, chamado carinhosamente de Wilsinho, nasceu em uma noite de Natal: 25 de dezembro de 1943. Inspirado pelo trabalho do pai, o “barão” Wilson Fittipaldi, que costumava narrar automobilismo, Wilsinho rapidamente se encantou por esse novo mundo. Na década de 70, chegou à Fórmula 1.
No total, foram três temporadas na maior categoria do automobilismo mundial: duas pela Brabham (1972 e 1973) e uma pela Copersucar (1975), na temporada de estreia da equipe brasileira fundada por ele e pelo irmão, Emerson.
Copersucar: o sonho realizado
Após duas temporadas na Brabham, Wilson não participou do campeonato em 1974. O motivo, no entanto, era nobre: focar na criação da primeira equipe brasileira na Fórmula 1. No ano seguinte, surgiu a Fittipaldi-Copersucar, que era baseada em São Paulo – fugindo do padrão da época, onde as equipes eram, em sua maioria, baseadas no Reino Unido. Aliás, a Copersucar foi a única equipe sul-americana da história da categoria.
Na primeira temporada da Copersucar, em 1975, Wilson Fittipaldi foi o único piloto da equipe durante todas as provas, com exceção da corrida na Itália, quando foi substituído por Arturo Merzario após quebrar um punho na prova anterior, na Áustria. Pela nova equipe, não pontuou: sua melhor posição foi o 10º lugar, no GP dos Estados Unidos (último da temporada).
Aquela seria a última temporada de Wilson Fittipaldi como piloto de Fórmula 1. Mas a trajetória de Wilsinho seguiu do lado de fora, comandando a nova equipe. Dentro das pistas, Emerson Fittipaldi trocou a grande McLaren pela equipe de sua família, em uma manobra arriscada. De lá, só saiu ao término da temporada de 1980.