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Morreu nesta quinta-feira (23), aos 94 anos, Rubens Minelli, um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro. A morte foi confirmada pelas redes sociais de Palmeiras e Internacional, clubes em que o treinador conquistou o Brasileirão. Ainda não há informações sobre seu velório e sepultamento.
Como atleta, Minelli atuou como ponta-esquerda, mas teve carreira curta, graças a uma fratura na perna que o forçou a abandonar os gramados ainda aos 27 anos. Como treinador, se destacou não apenas pelas conquistas – ao lado de Muricy Ramalho, é o único técnico a vencer três Campeonatos Brasileiros de forma consecutiva, em 1975, 1976 e 1977 -, mas também pela veia estudiosa e revolucionária.
Em 1969, quando comandou o Palmeiras na conquista do Robertão – posteriormente equiparado ao Campeonato Brasileiro – sugeriu a centralização de todos os processos de trabalho em um único local, naquilo que seria o conceito do Centro de Treinamento, comum a todos os clubes na atualidade.
Em termos táticos, o técnico também foi responsável por importantes inovações. Foi Rubens Minelli que popularizou no Brasil o volante de infiltração, que invade a área para finalizar as jogadas. O jogador de maior destaque na função, sob o comando do treinador, foi Paulo Roberto Falcão, no Internacional.
Rubens Minelli começou sua carreira de treinador no América-SP em 1963. Passou também por Botafogo-SP, Sport, Francana e Guarani antes de chegar ao Palmeiras. Além do Verdão, teve passagens de destaque por Portuguesa, Internacional, Grêmio, Atlético-MG e São Paulo.
Conquistou quatro Campeonatos Brasileiros (em 1969 pelo Palmeiras; 1975 e 1976 pelo Internacional; e 1977 pelo São Paulo), uma Copa do Brasil (em 1989 pelo Grêmio), um Campeonato Paulista (em 1973 pela Portuguesa), e seis Campeonatos Gaúchos (em 1974, 1975 e 1976 pelo Internacional; e 1985, 1988 e 1989 pelo Grêmio).