Bolsonaro compartilhou a reportagem do Estadão e escreveu: “Culpem o Bozo que o sistema faz a parte dele!”.
Nesta terça-feira, 13, a pasta comandada por Dino argumentou que não tinha como saber da relação de Luciane Barbosa Farias com o Comando Vermelho pois quem pediu a audiência foi advogada Janira Rocha, ex-deputada estadual pelo PSOL no Rio de Janeiro. Portanto, não havia prévio conhecimento da presença de Luciane na reunião. Os documentos mostram, porém, que Janira é ligada também à facção.
A advogada responsável por agendar com o Ministério da Justiça a realização de audiências com a presença da mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas recebeu pagamentos da facção criminosa, conforme recibos bancários obtidos pelo Estadão. O nome de Luciane não aparece na agenda do ministério – apenas o de Janira.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, acionou a PGR contra Dino e pediu que “sejam apurados os fatos e as responsabilidades civil e criminal dos envolvidos”.
“Ante à gravidade dos fatos narrados, contrários aos princípios que devem pautar a administração pública, em total afronta ao ordenamento jurídico, é de rigor que essa Procuradoria-Geral da República adote com a maior urgência medidas com vistas a coibir as ações do Ministro da Justiça e Segurança Pública, bem como para que sejam apurados os fatos e as responsabilidades civil e criminal dos envolvidos”, diz a representação.
Conhecida como “dama do tráfico amazonense”, Luciane Barbosa Farias esteve em audiências com dois secretários e dois diretores da pasta de Dino num período de três meses. O nome dela não consta nas agendas oficiais. Ela é esposa de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, considerado um dos líderes do Comando Vermelho.
Publicado em 15/11/2023