Viva o Paradesporto!
Jornalista João Nascimento
O Paradesporto é bastante amplo e engloba todas as manifestações de prática da prática de algum esporte por uma pessoa com deficiência, independente da modalidade escolhida do tipo ou nível da deficiência. O artigo 42 da Lei Brasileira de Inclusão- LBI – prevê que a pessoa com deficiência tem direito ao esporte em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
A Secretaria Nacional de Paradesporto (SNPAR) considera que o Paradesporto é uma excelente estratégia para construção dos conceitos de inclusão plena da pessoa com deficiência, pois através do esporte os valores e capacidades são redefinidos e a aceitação das diferenças tornam-se naturais dentro da sociedade.
Um dos grandes desportistas que deixa evidente o seu amor pelo Paradesporto é Gilson Ramos Santos, o Doinha, que fez história como jogador de basquete, em nível mundial, inclusive integrou a equipe gloriosa do Vila Nova, que conquistou títulos internacionais.
Ele simplesmente ajudou na criação da Associação dos Deficientes Físicos de Goiás (ADFEGO), fundou e foi o primeiro presidente da Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas e da Zona das Américas da IWBF participou de 7 edições dos Jogos Paralímpicos e dirigiu a seleção masculina e feminina em Jogos Paralímpicos, Parapan-Americanos e Mundiais.
Além de Doinha, cuja história emociona qualquer pessoa, seja desportista ou não, também me lembro bem do grande tenista em cadeira de rodas Paulo César, com quem, inclusive, tive o privilégio de jogar uma partida histórica, que foi exemplo na categoria. Hoje, é diretor de marketing de uma fabricante de cadeira de rodas.
Em minhas pesquisas sobre o Paradesporto, e na minha ignorância sobre o amplo tema, descobri um atleta goiano, que não cheguei a conhecer direito, mas que os registros dão conta de que conquistou importantes títulos no tênis de mesa para cadeirantes.
Trata-se de Iranildo Conceição Espíndola, de Silvânia, que chegou a ser jogador de futebol profissional. Um dia, na praia, em março de 1995, ele resolveu dar um mergulho e bateu com a cabeça em um banco de areia.
O acidente o deixou tetraplégico. Por recomendação do seu fisioterapeuta e influenciado pela família, conheceu o tênis de mesa e nunca mais largou. Em 1988, já estava competindo. Foi bronze por equipe nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, ouro no individual e por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto (Canadá) 2015
Com certeza, temos vários outros atletas de destaque, ao exemplo de Iranildo, que já recebeu homenagens justas e tem página na Wikipédia, a enciclopédia livre, que eles se sintam homenageados na citação desses três atletas, dois com quem tive convivência, e um que fiquei conhecendo agora, através das redes sociais.
Que Deus continue abençoando o Paradesporto!
Publicado em 25/09/2023