CBDU

Presidente da CBDU levou próprio filho, escondido, para jogar a Universíade.

Luciano Cabral e o filho Leandro Cabral

Demétrio Vecchioli Colunista do UOL

Uma vergonha! Desrespeito com os atletas!

Luciano Cabral, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), inscreveu o próprio filho, Leandro Cabral, para disputar a competição de tênis, sem que o garoto tivesse passado por qualquer tipo de seletiva. O jovem perdeu três jogos por 6/0 e 6/0, o que é chamado de “bicicleta” ou “pneu” no tênis.

A CBDU, que no ano passado recebeu R$ 24 milhões das Loterias, tem como prática esconder a convocação da delegação brasileira até as vésperas da competição, que é o segundo maior evento poliesportivo do mundo, só atrás da Olimpíada de Verão.

No tênis, modalidade em que o Brasil tem dezenas de atletas na liga universitária dos EUA — Luisa Stefani, por exemplo, veio de lá — a CBDU anunciou a convocação de dois atletas: Jackson Pereira Xavier, do Ceará, e Tayná de Souza Araújo Mendes, vencedores das seletivas masculina e feminina, respectivamente, disputada em Brasília.

Mas um outro atleta foi inscrito e jogou tanto duplas quanto simples: Leandro Marinho Atayde Cabral, identificado nas súmulas apenas como L. Marinho.

Trata-se de Leandro Cabral, que é filho de Luciano Cabral e não participou de nenhuma seletiva. Em simples, ele estreou perdendo para Henry Der Schulenburg, da Suíça, em uma bicicleta de duplo 6/0, anotando apenas seis pontos na partida toda, contra 48 do adversário.

Como a Universíade tem um torneio de consolação, ele voltou à quadra, e mais uma vez deu vexame. Perdeu de Lucky Candra Kurniawan, da Indonésia, por 6/0 e 6/0, em uma partida de 25 minutos de duração.

Publicado em 07/08/2023

Sobre o autor

Patricia Amaral