Samuel Straioto.
Respeitável público!!! O palco não é o circo, mas corredores e leitos de hospitais.
O público nem sempre está sorrindo às vezes até dor sente.
Os Doutores Palhaços levam risos, compartilham e contagiam o ambiente com alegria. Uma parceria de sucesso acontece no Hospital Estadual da Mulher (Hemu), o antigo Materno Infantil.
Visitas
Neste mês de julho, grupo de voluntários da Missão Sorriso iniciou trabalho de visitas a pacientes do Hemu. A ação procura humanizar o atendimento oferecido aos pacientes e também alcança os colaboradores da unidade. O Hemu realiza cerca de 1,8 mil internações por mês.
Silvânia Barbosa é um das voluntárias do projeto. Ela trabalha como auxiliar de Saúde Bucal na própria unidade; Na Missão Sorriso é intérprete da dra. Pitchulla. Antigamente no Hemu funcionava o Materno Infantil, mas houve a separação.
O atendimento pediátrico ficou direcionado no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e para mulheres (mães ou gestantes) no Hemu. O trabalho foi realizado há cinco anos no antigo Materno e foi nessa época que Silvânia conheceu e começou a participar do projeto.
Reflexos
Silvânia, ou melhor Dra. Pitchulla explicou que há diferença no atendimento realizado para crianças e adultos. Para crianças, as cores são bastante utilizadas, assim como o uso de brinquedos.
Já para a adultos, entre os elementos de aproximação está a música. “Com o adulto é outra didática, você tem que chegar com uma piadinha, não pode estar com muito barulho, levamos uma música, com cuidado e eles gostam muito”, afirmou.
Silvânia explica que a saúde física está associada a saúde mental. Ela relata que é perceptível a melhora dos pacientes após a passagem dos doutores palhaços. “Para os pacientes, isso melhora visivelmente, a saúde física está ligada a mental”, destacou.
A gerente assistencial do Hemu, Fernanda Suassuna, relatou que o trabalho existiu no passado, mas que foi paralisado durante a pandemia da Covid-19, e agora foi retomado. Ela conta que também há um envolvimento dos colaboradores.
“Isso é um grande ganho para nossos pacientes, para nossos colaboradores. São três horas de diversão para nossos pacientes, pais, acompanhantes e nossos colaboradores”, relatou.
O trabalho está sendo realizado uma vez por mês, aos sábados das 15 às 18 horas. Fernanda relatou que a questão de humanização é bem importante, e ajuda a melhorar o tratamento dos pacientes, assim como deixar o plantão dos trabalhadores mais alegres.
“Eu entendo que todo trabalho de humanização é realizado de forma positiva. Quanto mais feliz ele está, ele é um reflexo para a melhora no tratamento que se tem dentro a unidade. A avaliação é bastante positiva”, destacou Fernanda.
Missão Sorriso
O grupo de voluntários Missão Sorriso Doutores Palhaços existe desde 2015. Felipe Costa, o intérprete do dr. Miolo Mole, idealizou a ideia com o objetivo de levar alegria para o ambiente hospitalar.
O grupo fará novo processo seletivo em agosto. O objetivo é a formação de novos doutores para ajudar no nobre trabalho realizado pelo grupo. Hoje são 32 voluntários que fazem ações nos hospitais.
A Missão Sorriso também atua em outras duas unidades: o Hospital Estadual da Criança e Adolescente (Hecad) e o Hospital Estadual de Trindade (Hutrin) e já recebeu convites para outras unidades. Mas, há convites de outros locais.
O grupo de voluntários possui cursos de iniciação teatral para palhaços que queiram atuar em hospitais, assim como já fazem os integrantes da Missão Sorriso.
Publicado em 25/07/2023