Goiás

Santos Dumont, 150 anos. Do 14 Bis, à aproximação aérea do mundo!

 

SANTOS DUMONT - Alcy Cheuiche - L&PM Pocket - A maior coleção de livros de  bolso do Brasil

De sonhador, á realidade atual.  Tudo se torna mais próximo graças à aviação, graças ao brasileiro, seu inventor Alberto Santos Dumont!

De pai da aviação, a nome de cidade, aeroportos, cidade, etc …

No dia 20 de julho de 1873, nasceu em João Gomes, Minas Gerais, hoje chamada de Santos Dumont em sua homenagem, um homem que mudaria para sempre a história da aviação: Alberto Santos Dumont. Em 2023, celebramos o 150º aniversário de seu nascimento, homenageando suas contribuições inestimáveis ​​para o mundo da aviação.

O primeiro vôo de Santos Dumont:

Sete horas da manhã do dia 13 de setembro de 1906.

Dividido em duas partes, o 14-Bis é levado pelas ruas até o campo de Bagatelle.

Mais uma vez, a imprensa encarregou-se de tomar “instantâneos fotográficos” de cada detalhe da operação.

Uma das partes, composta pelas asas, o motor e a barquinha, desliza sobre rodas de bicicleta. A fuselagem, com sua extremidade em forma de uma grande caixa oca, segue carregada por operários. Alguns curiosos acompanham o estranho cortejo.

No meio deles, vestindo um terno escuro impecável, com o grande chapéu branco puxado sobre as sobrancelhas, caminha Alberto Santos Dumont. Poderia ter ido de automóvel, mas preferira, como era do seu feitio, participar de todos os momentos da grande prova.

Chegando ao campo de Bagattelle, vem a seu encontro um grande automóvel fumacento, o Mors de Ernest Archdeacon. (…) Archdeacon, embora tivesse oferecido três mil francos do seu bolso para o vencedor daquela façanha, não acreditava, como depois confessou à imprensa, que um aparelho pesado se erguesse no ar.

E essa era a opinião da maioria das pessoas que olhavam para o estranho “bicho” já reunido em um único corpo.

No outro extremo do campo, Santos Dumont subiu na barquinha, ligou o motor e consultou seu relógio de pulso: 7h50.

Com um gesto imperativo, fez com que todos se afastassem. O 14-Bis começou a rodar, daquela maneira estranha, com a fuselagem voltada para frente, e ganhou velocidade. Mas não ergueu vôo.

Sentindo que o motor falhava, Alberto teve que parar no extremo sul da clareira, limitada por algumas árvores. (…) Às 8h40, a estranha aeronave corre novamente pelo gramado a uns trinta quilômetros por hora.

Todos os olhos, principalmente os dos jurados, estão fixos nas rodas, para ver se conseguem erguer-se e girar no vazio. E isso acontece, por alguns segundos, antes que o 14-Bis perca as forças e caia pesadamente no chão.

O chassi afunda e a hélice rompe-se em pedaços, sem parar de girar. Os jurados cercam Santos Dumont e o felicitam. E Archdeacon pronuncia uma frase de efeito, que seria transcrita pelos jornais:
– Você voou! Uns poucos centímetros acima do solo, mas voou! (Trecho de “Santos Dumont“, de Alcy Cheuiche*, Série Encyclopaedia).

Publicado em 20/07/2023